A ÁGUA É DE TODOS
NÃO Á PRIVATIZAÇÃO DA ÁGUAS DA COVILHÃ
O Dia Mundial da Água deste ano é dedicado aos problemas da escassez. Para além deste e de outros problemas associados, como a poluição, há no entanto um outro perigo mais ameaçador para a água: a privatização.
Os defensores da privatização afirmam que só a transformação da água em mercadoria e o estabelecimento daquilo a que chamam “preço justo”, mas que os mais pobres nunca poderão pagar, resolverá os problemas da escassez. O que eles dizem é que o direito à água não se justifica e que esta é sobretudo uma necessidade que importa satisfazer de forma eficiente, ou seja, de acordo com as regras do mercado e no âmbito da prestação por grupos privados.
São muitas as promessas que acompanham a privatização da água. Mas a realidade é outra bem diferente!
Estas são as consequências da privatização da água:
- Brutal aumento dos preços.
- Baixa de qualidade dos serviços.
- Despedimentos de trabalhadores dos serviços.
- Discriminação entre zonas ricas e zonas pobres.
- Diminuição da transparência das contas, da participação e controlo democráticos e aumento da corrupção;
- Utilização dos lucros obtidos para investimentos em outros negócios não relacionados com a água.
Porque pretende a Câmara da Covilhã privatizar a água?
Será para garantir melhor serviço, preços mais acessíveis, mais transparência na gestão de um bem público como a água? Claro que não!
Que ninguém se engane:
A privatização da Águas da Covilhã, mesmo que parcial, nunca conseguirá garantir o controle público sobre um bem que é de todos e de que todos precisam, tenham ou não dinheiro para pagar.
Que ninguém se engane:
Depois de concretizada esta venda, a tendência será, com os mesmos argumentos de hoje, para privatizar totalmente amanhã.
E sabia que. o saneamento já foi privatizado e que este ano iremos pagar mais de 1 milhão de euros à SOMAGUE? E para 2008, o valor será de 1 milhão e setecentos mil euros (340 mil contos na moeda antiga)?